terça-feira, 17 de maio de 2011

Quem pode pode?

Olá, pessoal!

A passos lentos, mas seguros, mantemos o blog vivo.

Dando continuidade ao tema da Filosofia Política do primeiro bimestre, vamos investigar, nas turmas de 2a. Série, as formas de governo. A palavra "governar" remonta ao grego kybernai, verbo que significava conduzir, dirigir, guiar.

Se traçarmos uma analogia, podemos pensar que, assim como há diversas formas de conduzir um barco, há diversas formas de conduzir o poder; se há diversos contextos de nos quais os barcos são dirigidos (no rio ou no mar; em um passeio ou em uma corrida; de dia ou de noite), também há diversos contextos nos quais o poder é dirigido; se há bons e maus condutores, licenciados ou não para guiar um barco, hábeis ou inábeis para reconhecer contextos, também há bons e maus dirigentes do poder, sejam eles príncipes ou populações inteiras.



Neste bimestre, vamos procurar compreender de que maneiras o poder pode ser organizado, distribuído e administrado; de que maneiras se originam e se transformam tais  formas de governo; e de que maneiras ocorrem as disputas pelo leme do barco, ou seja, as disputas pelo poder.

Mais do que chegar a alguma conclusão definitiva sobre a questão (já que a provisórias chegamos diariamente), vamos tentar relacionar nosso cotidiano com estes modos de governo, assim como a validade de nossos atos de obediência e desobediência diante deles. Como nos permitimos a indignação com a corrupção se, como ressalta Caetano Veloso, "enquanto os homens exercem seus podres poderes, motos e fuscas avançam os sinais vermelhos"? O inconformismo de braços cruzados ou, ainda, o inconformismo corrupto, não seriam, na verdade, formas sofisticadas de conformismo? Não seriam formas de se manter na menoridade por falta de coragem descrita por Kant e que estudamos no primeiro bimestre?


  Até a próxima aula!

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